Domingo à tarde é,
geralmente, momento de se reunir com a família para conversar, descansar e se
preparar para o início de mais uma semana. Quem mora sozinho, tira o dia para exercitar a preguiça e não fazer nada. Bem,
essas costumam ser as regras se você não for fã de Michel Teló, Gusttavo Lima ou Luan Santana. Neste instante, os
admiradores incansáveis dos maiores fenômenos da música sertaneja brasileira
dos últimos cinco anos estão focados em uma meta: levar os seus ídolos ao topo
dos assuntos mais falados no Twitter, rede social na qual é possível perceber de
cara quando um assunto qualquer está, digamos, "bombando".
Para ser fã de um
cantor nesse início de século XXI, não basta saber de cor e salteado a letra de
todas as canções, possuir todos os álbuns e ir a quantos shows forem possíveis.
Isso é passado. O fã da geração y tem de provar, em tempo integral, para a
maior quantidade de pessoas que conseguir, o quanto idolatra o seu ídolo. Às
vezes, "ondas" de comentários sobre determinados artistas tomam conta
da web descontroladamente e nos perguntamos: "De onde veio isso?",
até percebermos que foi mais uma das artimanhas das centenas de fã-clubes
virtuais espalhados pela rede.
Esse tipo de comportamento pode parecer doentio
para algumas pessoas, imaturo para outras, ou simplesmente despropositado
quando há outros tantos assuntos importantes merecendo uma discussão na arena
virtual e sendo deixados em segundo plano. Mas, pensando sob outro prisma, não
serão essas pessoas as maiores divulgadoras do trabalho de seus ídolos e da
cultura pop brasileira? Será que os hits 'Ai Se Eu Te Pego' de Teló, 'Meteoro' de Luan e 'Balada'
(mais conhecido como Tchetcherêrê Tchê Tchê) de Gusttavo fariam tanto sucesso
mundialmente se não houvesse toda essa "loucura" virtual promovida
pelos fãs? Questão para pensarmos nesse domingo preguiçoso.
Fonte: Jornal do Brasil
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